segunda-feira, 23 de março de 2009

Pseudolalia - uma doença

Um ex-colega meu de outras vidas arranjou numa altura especifica a justificação para alguns actos que nós achavamos estranhos, em jeito de brincadeira, descobriu no mundo Web esta doença, que segundo a explicação assentava que nem uma luva.

A mentira faz parte da vida do ser humano. É utilizada para agradar pessoas ou escapar de situações desconfortáveis, mas em alguns casos, pode se tornar patológica.
A Pseudolalia é uma mentira compulsiva resultante de um longo vício de mentir. Assim como o cleptomaníaco, que rouba objetos sem valor pelo vício de roubar, o mentiroso compulsivo mente por mentir.

O que diferencia a mentira patológica ou pseudolalia da mentira “socialmente aceita” é a ausência de culpa, a intencionalidade e a freqüência com que o indivíduo pratica o ato.

As pessoas perdem lenta e gradualmente a consciência da gravidade da doença que vão adquirindo, porque a sua realidade vai perdendo cada vez mais sintonia com o real.

A mentira é um grande problema quando denuncia uma dificuldade na aceitação da própria realidade; existem pessoas que chegam ao ponto de não saber mais o que é a verdade. A prática freqüente de viver uma situação imaginária pode ser o resultado de uma profunda insegurança emocional, além de traumas de infância.


A atitude funciona como um mecanismo de autodefesa para pessoas que apresentam um quadro de carência acentuada e baixa auto-estima. Pessoas vítimas de uma educação julgadora, imposições, disciplinas rígidas e que por vezes vivem dominadas com autoritarismo, são fortes candidatas à doença.

O vício de mentir é um ato inconsciente e perante a mais simples situação, a fuga à verdade brota espontânea e como uma repetição compulsiva, criando verdades inexistentes. A pseudolalia pode conduzir a graves distúrbios de personalidade, podendo a vítima da doença acabar perdendo a sua individuação e viver num mundo real criado imaginariamente, comportando-se de uma forma que dificulta o contato humano.

Nesses casos, só com tratamento é possível reverter o quadro.


Pois é, eu ao contrário do texto acima, penso que dificilmente as pessoas que sofrem desta doença conseguirão melhorar ou até mesmo curar-se...
Temos exemplos disto, quer no mundo do futebol (arbitros, dirigentes desportivos) quer no mundo do trabalho, em que as pessoas se vão habituando ao seu mundo imaginário e fora da realidade, quer no nosso meio, neste caso conheço alguns (que até me são próximos) que andam doentes há muitos anos....

É a vida

2 comentários:

Anónimo disse...

O Comandante multifacetado... capaz de fazer o grafiti de sábado á noite... e depois até faz um texto engraçado.. se bem que saibamos que estamos a falar do mesmo assunto...

Felipe de Souza - Psicologo disse...

Parabéns pelo texto! Muito elucidativo!

http://www.psicologiamsn.com